Eternidade...


Amanheço em meios as luzes do Espírito...
E desfaço as sombras passageiras,
Irradio o amor e a amizade
Como pétalas de rosas perfumadas.

Amanheço permitindo a liberdade,
Que sorri e que se encanta com a Existência,
Ombro a ombro, somos chamados a mesma dança,
Olho a olho, bailamos a mesma melodia divina,
E nem percebemos que é a dança
Que se faz em nós, e através de nós,
Deixando apenas, a leveza de crianças que brincam, no grande play da Vida.

O Entardecer me acontece quando me esvazio...
Esvazio do que já foi,
Do que nem foi,
Do que deveria ter sido.
O Entardecer que me diz para abandonar regras,
Despojar de normas, virar páginas,
Mudar.

O Entardecer acontece, em meio a nuvens pequeninas.
Me aponta novas cenas, novos rostos, novas vozes,
E me convida a virar a face, para enxergar novos ângulos da Existência,
Novas janelas para o céu,
Novas cores, dessa paleta infinita que é Deus.

Anoiteço em meio a Paz...
Paz que abraça todo o meu Ser.
Nessa vastidão interior faço-me uma com toda a vida,
Sem barreiras, tudo está incluído,
O sem forma se define como Amor,
Como Silêncio,
Como absoluto vazio pleno, transbordante.
Ali mora a Eternidade.

Ali já não existem frações,
Ali, somente o Absoluto.

Anoiteço no Amor...
Abando-me sem ser mais um 'eu',
Sou apenas oceano que se perdeu no nada original.
Sem palavras que possam sequer definir,
Existo apenas,
Sem existir,
Aquilo que era e sempre será...

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