Pensar e Sentir - Osho


"A própria maneira como a mente olha as coisas, cria uma dualidade.
É a prisão da mente que divide.


A mente não pode fazer diferente. É difícil para a mente conceber duas contradições como uma, as polaridades opostas em ser consistente. Ela não pode conceber como a luz e a escuridão são uma. É inconsistente, paradoxal.
A mente cria opostos: Deus e o diabo, vida e morte, amor e ódio. Como você pode conceber o amor e o ódio como uma energia? É difícil para a mente. Assim a mente divide; então a dificuldade acaba. O ódio é oposto do amor, e o amor é o oposto do ódio. Agora você pode ser consistente, e a mente pode estar tranquila. A divisão é pois uma conveniência para a mente - não uma verdade, não uma realidade.
UM é o suficiente para a existência.


É artificial dividir em dois. Realmente, você sempre sente que é um, mas uma vez que comece a pensar a respeito, o problema emerge.(...)
No momento presente não há divisão.
Sempre que você sente, você sente a unicidade. Sempre que você pensa, você começa a dividir. "
Osho em A Psicologia do Esotérico

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Interessante nesse texto do amado Osho, é vermos que as duas instâncias estão presentes e vivas em nós. Quando pensamos, olhamos para fora, plural, múltiplo, comparativo. Quando sentimos, olhamos para dentro, subjetividade, sutilezas, linguagem do silêncio profundidade, de onde emerge algo único e muito além das palavras e explicações.
O pensar é ferramenta super-útil, fundamental na vida, no cotidiano.
O sentir é fundamental para o centramento, para a auto descoberta, para a integração de tudo que vivemos. O sentir cria uma melodia própria, uma sinfonia inédita, em cada um de nós. Que se reflete também no pensar, na forma de ver a vida, a realidade, enfim...
Ambas devem ser vistas como são. E são perfeitas como são. São a mesma e única energia, que ora emerge e aflora, ora aprofunda e se recolhe.
A consciência única, que tudo observa, permanece silenciosa e pacífica e usufrui de ambas.
Amor
Lilian

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