Sincrodestino - Segundo Sutra


Segundo sutra: Me vejo nos demais e vejo os demais em mim mesmo.

A compreensão do funcionamento das relações humanas é uma das chaves mais importantes do sincrodestino. No Ocidente tendemos a esperar que a psicologia popular nos proporcione estratégias para manejar nossos pensamentos e sentimentos.

Com demasiada frequência, os livros de auto-ajuda nos propõe manipular nossas relações para fazê-las mais satisfatórias. Sem dúvida, o desenvolvimento das relações humanas positivas implica muito mais que uma tática; significa criar um entorno humano no qual o sincrodestino possa manifestar-se; Isto é absolutamente fundamental, no mesmo sentido em que são as forças da gravidade e o ar que respiramos.

O mantra para este princípio diz: EU SOU AQUILO.

Este princípio se baseia primeiro no que aprendemos anteriormente, que todos somos extensões do campo universal de energia, disntintos pontos de vista de uma entidade única; EU SOU AQUILO, implica ver todas as coisas do mundo, ver a todas as pessoas do mundo e darmos conta de que estamos vendo outras versões de nós mesmos. Tu e eu somos o mesmo. Tudo é o mesmo. Eu sou aquilo, tu és aquilo, todos são aquilo;

Todos somos espelhos de todos e devemos aprender a nos ver em reflexo das demais pessoas. A isto se chama espelho das relações. Através do espelho de uma relação, descubro meu eu não circunscrito. Por esta razão, o desenvolvimento das relações é a atividade mais importante de minha vida. Tudo que vejo ao meu redor é uma expressão de mim mesmo.

Por tudo isso, as relações são uma ferramenta para a evolução espiritual cuja meta última é a unidade na consciência. Todos somos inevitavelmente parte da mesma consciência universal, mas os verdadeiros avanços tem lugar quando começamos a reconhecer esta conexão em nossa vida cotidiana.

As relações são uma das maneiras mais efetivas para alcançar a unidade na consciência, porque sempre estamos envoltos em relações. Pense na rede de relações que mantém: pais, filhos, amigos, companheiros de trabalho, relações amorosas...Todas são, em essência, experiências espirituais;

Por exemplo, quando estás profundamente apaixonado, tens uma sensação de atemporalidade. Neste momento, estás em paz com a incerteza. Se sente maravilhoso, mas vulnerável; sente proximidade mas também desproteção. Estás se transformando, mudando, porém sem medo. Te sentes maravilhado. Esta é uma experiência espiritual.

Através do espelho das relações, de cada uma delas, descobrimos estados prolongados de consciência. Tanto aqueles que amamos, como aqueles que sentimos aversão, são espelhos de nós mesmos;

Por quem nos sentimos atraídos? Algumas pessoas tem características semelhantes as nossas, mas isto não é tudo. Queremos estar em sua companhia porque subconscientemente sentimos que ao fazê-lo, nós podemos manifestar mais dessas características. Do mesmo modo, sentimos aversão por pessoas que nos refletem características que negamos em nós mesmos. Se sente uma forte reação negativa por alguém, pode estar seguro que você e esta pessoa tem características em comum, características que não estás disposto a aceitar. Se as aceitasse, elas não te incomodariam;

Quando reconhecemos que podemos nos ver nos outros, cada relação se converte em uma ferramenta para a evolução de nossa consciência; Graças a esta evolução experimentamos estados expandidos de consciência. São nestes estados, quando aderimos ao âmbito não circunscrito, que podemos experimentar o sincrodestino.

A próxima vez que se sentir atraído por alguém, se pergunte o que te atraiu. Sua beleza, graça, elegância, autoridade, poder ou inteligência? Se prestar atenção a esses sentimentos poderás aprofundar a tomada de consciência de si mesmo, mais plenamente.

Obviamente, o mesmo se aplica as pessoas cujas quais se sinta avesso. Ao adotar mais plenamente seu verdadeiro eu, deves compreender e aceitar suas características menos atrativas. A natureza essencial do Universo é a coexistência de valores opostos. Não podes ser corajoso se guardas um covarde em seu interior, não podes ser generoso se guardas um avarento internamente, não podes ser virtuoso se guardas a maldade internamente.

Gastamos grande parte de nossas vidas negando este lado obscuro e terminamos projetando essas características obscuras em quem nos rodeia; Tens sido atraído por pessoas equivocadas? Normalmente não se compreende por que é que isto se sucede repetidas vezes. Não é que estejam atraindo esta obscuridade; é que não estas disposto a aprová-las em sua vida. Um encontro com uma pessoa que não te agrada é uma oportunidade para aceitar o paradoxo da consciência dos opostos. De descobrir uma nova faceta de ti. É outro passo a favor do desenvolvimento de teu ser espiritual.

As pessoas mais esclarecidas do mundo, aceitam todo seu potencial de luz e de obscuridade. Quando estás com alguém que reconhece e aprova seus aspectos negativos, você nunca se sente julgado. Isto só ocorre quando as pessoas vêem o bem e o mal, o correto e o incorreto, como características externas.

Quando estamos dispostos a aceitar os lados luminosos e obscuros de nosso ser, podemos começar a curarmos e a curar nossas relações.(...) Quando formos capazes de nos ver no espelho das relações, podemos começar a nos ver por completo. Para isto é necessário estar em paz com nossa ambiguidade, aceitar todos os aspectos de nós mesmos; Necessitamos reconhecer, a nível profundo, que ter características negativas não significa que sejamos imperfeitos. Nada tem exclusivamente características positivas. A presença de características negativas só significa que estamos completos. Graças a totalidade, podemos ter acesso mais facilmente a nosso ser universal não circunscrito.

Exercício: Namaste

A palavra sânscrita “Namaste” significa “ O espírito que está em mim honra o espírito que está em ti”. Quando estabelecer contato visual pela primeira vez com outra pessoa, diga para si mesmo Namaste. Esta é uma forma de reconhecer que o ser que está ali, é o mesmo que está aqui. Quando fizeres isto, a outra pessoa também te reconhece a nível profundo. Tua linguagem corporal, tua expressão, teu timbre de voz; Mesmo que esta saudação se faça em silêncio, a outra pessoa perceberá consciente ou inconscientemente o respeito implícito nele . Pratique o exercício por alguns dias, e verifique se podes notar alguma diferença em tuas relações com os demais.

Deepak Chopra em Sincrodestino

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